Então, um blog. E quê diachos significa isso?
A rotina atual me tem aberto os olhos para essa ferramenta relativamente nova. O conjunto de revoluções nas comunicações, em velocidade meteórica, torna difícil observar, absorver e processar a gama de informações que nos chegam por todos os lados, e ainda mais difícil compreender a profunda dimensão de todas essas revoluções. Mas me esforço em tentar uma singela classificação, com o fim específico de chegar a alguma coisa - que não se sabe ao certo o que é...
De um lado, temos as 'ferramentas' revolucionárias. De outro, temos os 'veículos' revolucionários. Estes, só existem em companhia daqueles. Aqueles, existem apenas para estes. E a revolução se processa na simbiose entre ambos os lados. Ou seja, tem a ver com aquele negócio que o David Gilmour falava sobre os críticos do Pink Floyd. Diziam que o som deles era bom só porque eles tinham os equipamentos mais modernos (e aí queriam, implicitamente, dizer 'os equipamentos mais caros e inacessíveis aos meros mortais que não tiveram os mesmos pais ricos dos membros de Pink Floyd'). Mas Gilmour dizia que aquelas músicas, que tanto sucesso faziam, foram criação das suas 'cabeças', e não de seus 'equipamentos', e que não adiantava nada ter equipamentos bons sem o devido talento para deles tirar belos sons. Da mesma forma, Pink Floyd não seria o que conhecemos sem o acesso àqueles equipamentos.
Isto posto, prossigamos.
Vou concentrar meus esforços em uma 'ferramenta' revolucionária. A rede mundial de computadores.
Foi através da internet - não exclusivamente, mas potencialmente - que Obama tornou-se presidenciável. Pela internet, também, teve um canibal alemão que encontrou seu 'jantar'... E pela internet são organizadas diversas manifestações públicas de grupos pró-isso ou anti-aquilo. Por causa da internet (e dos celulares), nunca mais recebi um telegrama. E meu dicionário teve que abrir espaço pro 'mouse', pro 'modem', pra 'clicar'... E o que dez anos atrás precisava de uma semana pra ser realizado, atualmente se realiza de um dia pro outro. As relações interpessoais (das mais diversas naturezas; amizades, namoros, encontros casuais, ou mesmo brigas, conspirações e espionagens) sofreram brutais modificações. O mesmo acontecendo com a vida profissional de boa parte do mundo. Indiretamente, inclusive, a de TODO mundo, raríssimas exceções - aqueles que conseguem sobreviver fora do sistema.
Ou seja: se há uma ferramenta revolucionária com uma transcendência absurdamente absurda, essa ferramenta é a internet. O rádio e a televisão pecam pelo acesso pouco democrático. Não são muitos os proprietários de emissoras de TV... E através da telefonia se atinge um público muito pequeno. Conclui-se que a facilidade de acesso e o vácuo de regulação legal sobre os conteúdos (ou a ausência de censuras, se preferir) são os principais elementos que fazem da internet essa ferramenta vigorosa.
E são essas as razões porque abri esse blog.
Agora, o que eu pretendo veicular nele, ou 'pra que lado vai apontar essa revolução', tem sido uma questão bem mais complexa. A fase, inicial, é de testes, experimentações. Já vi que esse negócio de uma seção com periodicidade fixa não vai dar certo... E deixar pra escrever só quando se tem uma brilhante idéia também não é legal - vai faltar assunto. Portanto, agora, as postagens deverão ser mais constantes. E, por isso mesmo, rasas, curtas e imperfeitas. Tipo um descarrego, sabe? Botar pra fora. A idéia - quer dizer, ideia - é comunicar, aproximar. Comunicar, semanticamente, significa 'tornar comum', ou 'do conhecimento de todos'.
Depois, a interação. No final das postagens, tem um botãozinho para meus eventuais leitores deixarem seus comentários. Ouvindo o eco, saberei pra que lado devo ir.
Bueno, tá dito. Vamos ao que interessa!
Até o próximo 'post'!